sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Idan Raichel





Conheci o Idan Raichel aqui no Brasil, em dezembro do ano passado. Na verdade, conheci o trabalho dele bem antes, quando comecei a me preparar para divulgá-lo aqui no Brasil, durante a turnê do Idan Raichel Project, que faria 3 shows por aqui: RJ, São Paulo e Salvador.

A ideia do Idan é levar para o mundo a mensagem de que pode existir tolerância entre os povos. E a maneira que ele enontrou para fazer isso foi a música. Um estudante de política internacional, judeu e australiano, me disse que em Israel é incabível um árabe e um judeu jogando futebol juntos, já que daria a entender que eles "falam a mesma língua", a do futebol. No projeto do Idan, mais de 70 músicos participaram das gravações dos discos: árabes, judeus, uruguaios, etíopes, gente de tudo quanto é canto.

Por essas e outras, é emocionante ver o árabe Ravi entoando sons árabes enquanto a sudanesa Cabra Casay canta em outras línguas, acompanhada na voz pela isralense Maya e pelo uruguaio Roni ivryn (maravilhoso percursa!). 

As músicas são um mix desse caldeiral multicultural, as letras são cantadas em diferentes línguas, os instrumentos são os mais variados e o profissionalismo e talento são os pontos fortes. Vale muito à pena conferir o site, as músicas e os clipes. E os shows ao vivo, é claro, quando tiver um perto de você.

Foi impossível não ficar encantada com o projeto e as respostas que ele dava para as perguntas que a imprensa mandava. Inclusive, uma delas foi sobre a visita do Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil, o iraniano esteve aqui uma semana antes do Idan, e a imprensa queria saber o que ele faria se encontrasse Ahmadinejad no aeroporto. "Em primeiro lugar, eu tenho certeza de que ele cresceu numa casa cujos pais odiavam Israel. Ele não conhece meu povo e minha terra, então o convidaria para ir até lá, para ler alguns livros e assistir ao meu show. Daí em diante ele poderia pensar o que quisesse, é que a gente não pode odiar aquilo que não conhece.".  Não à toa, o jornal El Pais publicou uma vez que o Idan era "o acordo de paz de um homem só no Oriente Médio".

Foi daí que nasceu a minha vontade de conhecer Israel e mais desse cara tão instigante.

Não deu outra, comprei as passagens e me joguei nessa viagem, na qual fui muito bem recebida pelo Idan. Casa, telefone e bike para conhecer o bairro charmoso pertinho do Park Hayarkon, da praia e do porto de Tel Aviv. De quebra conheci uma cultura 100% diferente da brasileira; um povo querido e hospitaleiro, com a autoestima em baixa, o que é totalmente compreensível; nights; praias; comidas suculentas e bebidas deliciosas; além do deserto, que realmente me fez sentir dentro de um filme!

Seguem alguns links:

Site oficial: http://www.idanraichelproject.com/en

Minhas músicas favoritas (B'oee e Mima'amakim):
http://www.youtube.com/watch?v=EH6Hs7P2xW0

http://www.youtube.com/watch?v=0KBmw_y3Wl0


Eu e Idan com a amiga e também cantora Elisete Retter - Israel/ Tel Aviv

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